sexta-feira, 8 de abril de 2011

A PROMESSA DE NOSSA ENTRADA NO CÉU

A PROMESSA DE NOSSA ENTRADA NO CÉU

INTRODUÇÃO

Durante a nossa existência aqui na terra, todos nós estamos sujeitos a dores, tristezas e sofrimentos. No entanto, temos a divina promessa que, em breve, adentraremos às manssões celestiais, onde estaremos na presença de Deus e estaremos livres de todo e qualquer sofrimento
(Ap 7.17; 21.4-7).

I - QUAIS OS TERMOS BÍBLICOS QUE DESCREVEM O CÉU?

Nas traduções da Bíblia para a língua portuguesa há mais de 700 ocorrências da palavra céu(s). Sendo que, a maioria dos textos bíblicos usa a palavra hebraica Shamayim, que é traduzida literalmente como ”as alturas”, ou a palavra grega ouranos, que é traduzida como ”o que está elevado”. Estes termos são usados em toda a Bíblia, referentes a três céus:

1. O primeiro Céu (inferior): É o céu atmosférico, onde sobrevoam as aves e os aviões; onde passam as nuvens, desce a chuva e se processam os trovões e relâmpagos (Dt 11.11,17; 28.12,24; Sl 147.8).

2. O segundo Céu (intermediário): É o céu estelar ou planetário, chamado também de céu astronômico (Gn 1.14; 15.5; Sl 33.6; Jr 10.2; Hb 1.10).

3. O terceiro Céu (superior): Este céu é o ponto central do nosso estudo. Podemos chamá-lo de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). É este céu que o apóstolo Paulo denomina de “o Paraíso” (II Co 12.2-4), e que o Senhor Jesus mencionou, muitas vezes, em suas pregações e ensinos (Mt 5.12,16; 6.1,9,10; 7.21; 8.11; 10.32,33).

II - COMO A BÍBLIA DEFINE O TERCEIRO CÉU?

O terceiro céu é descrito nas Escrituras por diversos títulos:

1. Paraíso: Este título nos lembra a felicidade, contentamento e comunhão que os nossos primeiros pais desfrutavam com Deus, no Éden, antes da queda (Gn 3.8). Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma que foi arrebatado até o terceiro céu, que é o paraíso (II Co 12.2-4).

2. Casa de meu Pai: Em um dos seus últimos discursos, o Senhor Jesus descreveu o céu como a “casa de meu Pai” (Jo 14.1-3), trazendo-nos a idéia do conforto, descanso e comunhão do lar.

3. Cidade celestial: Assim como Israel peregrinou no deserto, com destino a Canaã, a igreja está peregrinando, com destino a Canaã celeste. O escritor aos Hebreus disse: “Porque nós não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.14); e o apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, afirma: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).

III - A NATUREZA DO CÉU

O céu não é um lugar místico e nem um conceito filosófico. O céu é um lugar real, onde Deus habita; de onde Jesus veio, para tomar forma humana, e para lá voltou, após a sua ressurreição, e de onde Ele voltará, para buscar a Sua igreja. Vejamos como a Bíblia descreve o céu:

1. O Céu é um lugar real: O céu não é um lugar imaginário, e sim, um lugar real, onde a igreja estará para sempre com o Senhor (I Ts 4.17). Jesus descreveu o céu como um lugar onde existe muitas moradas (Jo 14.1-3).

2. O Céu é um lugar indescritível: Apesar das muitas referências bíblicas sobre o céu, cremos que não é possível descrevê-lo por completo, pois não se pode descrever a sua beleza e sua realidade com palavras humanas. O apóstolo Paulo diz que “… as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (I Co 2.9).

3. O Céu é um lugar espaçoso: As testemunhas de Jeová afirmam que apenas 144 mil irão para o céu. Porém, o apóstolo João, na ilha de Patmos, teve uma visão dos mártires na glória, e escreveu:
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Se João descreve os mártires da grande tribulação como “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, imagine o que será a igreja, em sua totalidade.

IV- AS BÊNÇÃOS RESERVADAS PARA A IGREJA NO CÉU

Seria impossível descrever, neste breve estudo, as bênçãos que estão reservadas para a igreja no céu. Vejamos algumas:

1. Santidade perfeita: No céu não existe tentação e nem pecado. Lá os santos desfrutarão, para sempre de santidade e pureza, pois receberão corpos gloriosos e incorruptíveis, e não poderão mais pecar (Ap 21.27; 22.14,15).

2. Plenitude de conhecimento: No céu não haverá escola nem ciência. Mas, o conhecimento será perfeito. Os mistérios serão desvendados, temas teológicos de difíceis compreensão, serão, enfim, compreendidos; e muitas coisas encobertas, serão reveladas (Dt 29.29; I Co 13.12).

3. Descanso: Em contraste com a vida presente, no céu não haverá necessidade de corrermos de um lado para outro, na luta pela sobrevivência. Estaremos, para sempre, livres de fadiga, cansaço e dores (Ap 14.13; 21.4).

4. Serviço: O céu não é um lugar de fadiga e cansaço, mas também não é um lugar de inatividade. Está equivocado aquele que pensa que a única coisa que faremos no céu é louvar a Deus. A Bíblia diz “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra… E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão” (Ap 7.15; 22.3).

5. Gozo: Nem mesmo o maior prazer experimentado neste mundo poderia ser comparado com o gozo que desfrutaremos no céu. O céu é um lugar de gozo e de alegria permanente (Ap 19.7; 21.4).

6. Comunhão com Cristo: No céu seremos semelhantes a Cristo e O veremos face a face. Por enquanto, a nossa comunhão com Ele é baseada na fé. Nós oramos, adoramos e O servimos movidos por fé (I Pe 1.8). No entanto, ao adentrarmos nas regiões celestes, poderemos vê-Lo face a face (Jo 14.3; II Co 5.8; Fp 1.23; Ap 22.4).

CONCLUSÃO

Apesar de ser tema de críticas e zombaria por parte dos incrédulos, o céu é um lugar real, onde a igreja estará, para sempre, com o seu noivo, o Senhor Jesus Cristo. Todo aquele que recebeu a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, deve desejar habitar neste lugar, preparado para o povo de Deus (Jo 14.1-3).

Por Sem. Fábio Lima

CARACTERÍSTICAS DE UM FILHO.

CARACTERÍSTICAS DE UM FILHO.


Muitas pessoas até podem dizer que são filhos espirituais do pastor da igreja. Mas o fato é que elas podem até serem ovelhas preciosas e amadas, mas muitos não podem ser chamados de filhos espirituais. Como você reconhece os filhos de alguém? Simplesmente observando se eles se parecem com o pai. Aqueles que não estão envolvidos no trabalho do ministério, não aceitam liderar uma célula, em outras palavras não fazem coisa alguma que o pastor faz na igreja, não são filhos porque não se parecem em nada com ele. Apenas pelo fato de freqüentar as reuniões e ser um irmão agradável não faz de alguém um filho ou uma filha. Se você é um líder de célula ou um líder em treinamento você precisa agir como um filho do seu discipulador fazendo o que ele faz.
Gostaria de enumerar algumas características de alguém que realmente é um filho.

1- UM FILHO SE PARECE COM SEU PAI –
Em João 14:9 lemos “ Jesus respondeu: —Faz tanto tempo que estou com vocês, Filipe, e você ainda não me conhece? Quem me vê vê também o Pai. Por que é que você diz: “Mostre-nos o Pai”?” Como já disse, o primeiro sinal de um filho é que ele carrega uma herança genética. Filhos não são clones, mas eles, na sua individualidade, são muito parecidos com seus pais.
Se você quer saber se alguém é filho do pastor no ministério basta ver se ele se parece com ele. É por causa disso que o Senhor disse a Filipe: “Quem me vê vê também mo Pai”. Ele disse isso porque agia como filho e por isso mesmo era muito parecido com o Pai. Se alguém quer conhecer o pai, basta observar o filho. Esse é um princípio espiritual. Não podemos edificar uma obra prevalecente se não gerarmos filhos. E você nunca terá um ministério realmente frutífero se não assumir uma posição de filho.

2- UM FILHO PERMANECE NA FAMÍLIA PARA SEMPRE.
Em João 8:35 Jesus disse: “O escravo não fica sempre com a família, mas o filho sempre faz parte da família”. Quem é filho sente encargo pela casa e pela família. Se o filho chega em casa e vê algo pegando fogo, ele não pensa: “Eu não tenho nada a ver com isso”. Ele não diz isso. Ele sai e toma uma atitude até resolver o problema. Por isso somente filhos edificam permanentemente. Se você deseja fazer parte da edificação da casa de Deus você tem que ser filho. Só os filhos podem edificar a casa.
Os filhos que são verdadeiros pertencerão sempre à casa paterna. Mesmo que se mudem para outra cidade eles sabem que são parte da família do pai. Mesmo que ele aja de forma errada como fez o filho pródigo, no final ele sabe que precisa voltar para a casa do pai. Em seu coração ele sabe onde pertence, ele sabe quem o gerou.
Nós queremos gerar filhos, pessoas que foram compradas pelo sangue de Jesus e têm a convicção do chamado de Deus. Filhos no começo não sabem fazer direito. No começo fazem mais lambança do que ajudam. Você vai ensinar seu filho a varrer e ele mais suja do que varre. Os pais genuínos permitem, mas será que os filhos de fato cooperam? Alguns atrapalham mais do que ajudam. Mas sabe de uma coisa? Eles vão ficar na casa até o fim. Eles querem participar da obra que se faz na casa pelo simples fato de que é a sua casa.

3- FILHOS CONFIAM PLENAMENTE EM SEUS PAIS.
Jesus sempre confiou no Pai e lemos em Hebreus 3:14 “Pois seremos companheiros de Cristo se continuarmos firmes até o fim na confiança que temos tido desde o princípio”.
Todos começam sua vida no Reino tendo a oportunidade para ser fiel àquilo que pertence a outros. Você vai receber o ministério do seu pai espiritual. É o seu pai que reconhece você, é o seu pai que vai colocar você nos ombros dele e vai levantar você numa posição mais alta no momento certo. É o pai.
E você? Você se coloca na posição de um filho do líder da célula? Para você ele é o seu discipulador ou é apenas alguém que manda, um chefe, um supervisor. Você o tem como pai espiritual na sua vida? Você o reconhece como alguém que pode falar da parte de Deus em sua vida? Você é transparente ao ponto de contar-lhe sobre suas lutas, seus medos, suas tentações ou se limita apenas a prestar contas do seu trabalho ou atividade? Lembre-se, verdadeiros filhos confiam em seus pais. Os verdadeiros filhos são cheios de confiança.

4- UM FILHO HONRA O PAI.
Quando Deus deu suas leis para que Moises as entregasse a seu povo ele fez questão de mencionar a necessidade de honrar os pais – “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”. (Êxodo 20:12 ).
Não espere honra dos servos ou dos empregados. Mas você pode esperar honra de um verdadeiro filho. O ministério deve ser composto de filhos, filhas e de seu pai. Lemos também em Malaquias 1:6 “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? —diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?”.
Quero lhe dizer algo muito sério: Empregados sempre querem tomar alguma coisa. Filhos herdam. Filhos sabem que vão herdar na hora certa! Filhos regozijam-se diante do sucesso do pai. E quando os pais necessitam os verdadeiros filhos sustentam e honram seus pais com seu apoio e até com dinheiro.
Veja o que diz Salmos 127:4-5: “Os filhos que o homem tem na sua mocidade são como flechas nas mãos de um soldado. Feliz o homem que tem muitas dessas flechas! Ele não será derrotado quando enfrentar os seus inimigos no tribunal”. Sabe porque a Bíblia afirma que é feliz o homem que têm filhos? Porque quem tem filhos não luta sozinho. O filho sempre luta ao lado dos pais!
Como sabemos quem é filho e quem não é? Aquele que nos defende no dia da guerra é filho. O que se junta ao inimigo para jogar pedra é outra coisa. Filhos não aceitam que se fale mal de seu pai. Em nossa igreja queremos filhos que digam: “Pai, eu estou contigo, onde o senhor for eu irei também! Se é para levar pedrada, vamos levar juntos, mas o senhor não vai sozinho”. O que traz consolo para o pai é saber que os filhos estão do seu lado.
Quando alguém se levanta para falar mal do seu discipulador, o que você faz? Você consente e concorda? Ou você se coloca do lado dele e diz: “Não me interessa os defeitos que ele tem, sei que ele os tem, mas eu estou com ele, vou caminhar com ele, é assim que vai ser e não aceito que falem mal dele”. Esse é filho! Filhos não gostam quando seus pais são agredidos! Não agrida os pais perto dos filhos.

5- FILHOS OBEDECEM A SEUS PAIS
Filhos aceitam disciplina; aqueles que não são filhos nem deveriam ser disciplinados. Quem não é filho não aceita ninguém tratar com ele. Não aceita ninguém exortá-lo, ou corrigi-lo. Se isso acontece, sua primeira atitude é mudar para o outro lado da igreja e diz: “Vou continuar aqui mas vou andar com outra pessoa” – e muda de célula. E se for tratado de novo, pelo novo líder, aí ele resolve mudar de igreja. Por que? Simplesmente porque não são filhos realmente. Filhos não vão embora porque o pai os disciplinou. Filhos não abandonam a casa porque foram exortados e até corrigidos. Filhos na verdade choram, às vezes ficam até emburrados, mas eles não desistem do relacionamento. Filhos não desistem do pai porque foram corrigidos. Na verdade depois eles até entendem que é um sinal, uma expressão de amor. De amor genuíno. Veja o que nos diz Efésios 6:1-3 “Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo. Como dizem as Escrituras: “Respeite o seu pai e a sua mãe.” E esse é o primeiro mandamento que tem uma promessa, a qual é: “Faça isso a fim de que tudo corra bem para você, e você viva muito tempo na terra.” São somente os verdadeiros filhos que obedecem.

6- OS FILHOS ACREDITAM EM SEUS PAIS.
“Aí Jesus gritou bem alto: —Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! Depois de dizer isso, ele morreu” (Lc.23:46)
Quem não é filho vive sempre desconfiado. Para eles, os líderes estão sempre buscando um meio de lhes explorar. Por essa razão, estão sempre insatisfeitos com o lugar onde estão. Não vemos filhos procurando outras famílias para viver, pois sabem que não se escolhe a própria família.
Queremos edificar a igreja com filhos. O Senhor quer edificar a igreja com base nesse relacionamento. Não somos uma igreja de multidão simplesmente. Não somos um amontoado de crentes aqui, jogados, sem vínculos. Cada um de nós tem um pai espiritual. Você está na célula, o seu líder é um pai espiritual para você. Você que é líder, o seu discipulador é um pai espiritual para você. Você, que é discipulador, o seu pastor é um pai espiritual para você. Agora, a grande questão é: Você é filho? O que importa é a sua atitude. Você percebeu que estamos falando de duas atitudes? Qual a sua atitude? As atitudes que de fato edificam são as dos filhos. Não importa a atitude que seu pai espiritual tenha, seja filho. Não importa se o seu pai espiritual não é o pai que você sonhou, seja filho.
Existem muitos filhos que rejeitam seus pais naturais porque eles não são do jeito que eles queriam que fossem. Seja filho, não importa o jeito do seu pai, seja filho e honre-o. Essa atitude vai trazer grandes bênçãos para sua vida e grande alegria para o coração de Deus.

Por Pr. Fábio Lima